terça-feira, 3 de dezembro de 2013

descrição / audiodescrição

DESCRIÇÃO / AUDIODESCRIÇÃO

A descrição de imagens é a tradução em palavras, a construção de retrato verbal de pessoas, paisagens, objetos, cenas e ambientes, sem expressar julgamento ou opiniões pessoais a respeito.
A Lei nº 10.753/2003, que institui a Política Nacional do Livro, em seu artigo 1º, inciso XII, assegura às pessoas com deficiência visual o acesso à leitura.

Os vídeos a seguir, mostram a audiodescrição da capa do livro “O Fantasma do Castelinho” de Heloisa Noell e a história do livro “O Menino que Via Com as Mãos” de autoria de Alexandre Azevedo.




Sabemos da importância da língua portuguesa na nossa vida, do acesso à leitura, e em especial, na vida das pessoas com baixa visão e cegueira. Com a acessibilidade dos recursos dos vídeos com audiodescrição, os educadores podem incluir nas atividades pedagógicas a riqueza da literatura proporcionando as pessoas videntes, cegas e com baixa visão, a riqueza de detalhes dos vídeos narrados.
As atividades pedagógicas sugeridas são: o estudo da capa de livro e a história de livros paradidáticos, com os recursos de narração, leitura, conto e reconto, interpretação, produção textual e desenho.
De acordo com Nota Técnica Nº. 21/2012/MÊS/SECADI/DPEE, estes são alguns aspectos que a descrição deve contemplar:

III –Requisitos para descrição de imagem na geração de material digital acessível –Mecdaisy:

Esta descrição deve contemplar os seguintes requisitos:

1. Identificar o sujeito, objeto ou cena a ser descrita - O que/quem;
2. Localizar o sujeito, objeto ou cena a ser descrita Onde;
3. Empregar adjetivos para qualificar o sujeito, objeto ou cena da descrição - Como;
4. Empregar verbos para descrever a ação e advérbio para;
5. Descrever as circunstâncias da ação - Faz o que/como;
6. Utilizar o advérbio para referenciar o tempo em que ocorre a ação - Quando;

7. Identificar os diversos enquadramentos da imagem - De onde - , tais como:

a. Grande plano geral (GPG) - Mostra o cenário todo e é feito de um plano mais elevado, como em imagens aéreas.

b. Plano geral - Mostra os personagens e o ambiente no qual estão inseridos.
c. Plano americano - Mostra o personagem dos joelhos para cima.
d. Plano médio - Mostra o personagem da cintura para cima.
e. Primeiro plano - Mostra o personagem do peito para cima.
f. Primeiríssimo plano ou close-up – Mostra o rosto do personagem em destaque.
g. Plano detalhe - Mostra uma parte do corpo de um personagem ou um objeto.

h. Plano plongée ou câmera alta - Enquadramento de personagens ou objetos feito de cima para baixo.
i. Plano contra-plongée ou câmera baixa - Enquadramento de personagens ou objetos feito de baixo para cima.
8. Utilizar a aplicação do estilo IMAGE CAPTION em todas as imagens e após a apresentação da imagem acrescentar os dados na seguinte ordem: fonte, Legenda e Descrição;
9. Verificar a correspondência entre a imagem e o texto, a fim de garantir a fidedignidade da descrição;
10. Usar termos adequados, à área de conhecimento, abordada na descrição;
11. Identificar os elementos relevantes, levando-se em consideração aspectos históricos e culturais;
12. Organizar os elementos descritivos em um todo significativo. Evitar deixar elementos soltos, inserindo-os em um mesmo período. Começar pelo personagem ou objeto mais significativo (o que/quem), qualificá-lo (como), localizá-lo (onde), qualificar o onde (como), explicitar o tempo (quando);
13. Mencionar cores e demais detalhes;
14. Mencionar (quando possível) o enquadramento de câmera em fotos, principalmente quando for importante para o entendimento (close, plano geral, primeiro plano etc);
15. Usar artigos indefinidos quando é a primeira vez que aparece determinado elemento ou pessoa;
16. Usar artigos definidos quando já forem conhecidos;
17. Usar o tempo verbal sempre no presente;
18. Mencionar as imagens de fundo, detalhes, caixas de texto, bordas coloridas que aparecem na página, na parte inferior, pois os recursos gráficos utilizados traduzem a intenção do autor;
19. Mencionar, na descrição charge, cartun, história em quadrinho e tira cômica a fonte com a data da publicação (quando houver), a legenda com o nome do autor e, em seguida, a descrição da imagem;
20. Iniciar a descrição, usando a expressão: a charge, cartun, história em quadrinho e tira cômica mostra/apresenta;
21. Em histórias considerar alguns aspectos como idade, faixa etária e considerar a expressão verbal por faixa etária.
22. Descrever elementos gráficos como pontos de interrogação, exclamação, gotas de suor, raios, formatos diferentes de balões onde se localizam as falas;

23. Anunciar o número de quadros presentes e a mudança de um para o outro, quando a charge, cartun, história em quadrinho ou tira cômica forem constituídos por mais de um quadro, marcando-os com a letra Q e o número correspondente;
24. Mencionar quem são e quantos são os personagens, caracterizá-los, falar sobre o cenário e o tempo (dia, noite, inverno, verão), para depois fazer a descrição de cada quadrinho. Quando os personagens mudam a roupa no decorrer da história, o fato deverá ser mencionado no próprio quadrinho. Falar também sobre como aparecem as falas, se dentro ou fora de balões. Se o desenho do balão apontar para algum significado, como pensamento ao invés de fala (bolinhas), deverá ser apontado na descrição do quadro onde aparece;
25. Anunciar a fala dos personagens, por meio dos verbos: dizer, responder, perguntar, comentar, continuar, gritar, falar;
26. Discriminar, na descrição de paisagens, as urbanas das campestres ou marítimas, as paisagens naturais das humanizadas;
27. Manter a imagem da tabela, do fluxograma e do organograma com a sua descrição, apresentando de forma seqüencial as informações disponíveis;
28. Reduzir ao máximo, o número de colunas utilizado;
29. Sintetizar cabeçalho e rodapé, expressos em poucas palavras;
30. Minimizar a introdução de elementos de formatação e cor, pois estes contribuem para dispersão no entendimento;


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRSIL. Nota Técnica, Nº. 21. Orientações para descrição de imagens na geração de material digital acessível - Mecdaisy. MEC/SECADI/DPEE, 2012. Disponível em http://portal.mec.br/index.php?option=comman&task=download&gid=10538&itemid=.acesso em 01/11/2013.


domingo, 1 de dezembro de 2013

DESCRIÇÃO / AUDIODESCRIÇÃO

AUDIODESCRIÇÃO

A descrição de imagens é a tradução em palavras, a construção de retrato verbal de pessoas, paisagens, objetos, cenas e ambientes, sem expressar julgamento ou opiniões pessoais a respeito.
De acordo com Nota Técnica Nº. 21/2012, estes são alguns aspectos que a descrição deve contemplar: Identificar o sujeito, objeto ou cena a ser descrita – O que/quem; Localizar o sujeito, objeto ou cena a ser descrita – Onde; Empregar adjetivos para qualificar o sujeito, objeto ou cena da descrição – Como; Empregar verbos para descrever a ação e advérbio para descreveras circunstâncias da ação – Faz o que/como; Utilizar o advérbio para referenciar o tempo em que ocorre a ação – Quando; Identificar os diversos enquadramentos da imagem – De onde; entre outros...
Os vídeos a seguir, mostram a audiodescrição da capa do livro “O Fantasma do Castelinho” de Heloisa Noell e a história do livro “O Menino que Via Com as Mãos” de autoria de Alexandre Azevedo.
Sabemos da importância da língua portuguesa na nossa vida e em especial, na vida das pessoas com baixa visão e cegueira. Com a acessibilidade dos recursos dos vídeos com audiodescrição, os educadores podem incluir nas atividades pedagógicas a riqueza da literatura proporcionando as pessoas videntes, cegas e com baixa visão, a riqueza de detalhes dos vídeos narrados.
As atividades pedagógicas sugeridas são: o estudo da capa de livro e a história de livros paradidáticos, com os recursos de narração, leitura, conto e reconto, interpretação, produção textual e desenho.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRSIL. Nota Técnica, Nº. 21. Orientações para descrição de imagens na geração de material digital acessível - Mecdaisy. MEC/SECADI/DPEE, 2012. Disponível em http://portal.mec.br/index.php?option=comman&task=download&gid=10538&itemid=.acesso em 01/11/2013.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

JOGOS E ATIVIDADES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL EM SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS (SRM)

ESQUEMA CORPORAL
        Um esquema corporal é a consciência ou a representação mental que se tem do próprio corpo e das partes que o constituem, com os seus mecanismos e as respectivas possibilidades de movimento, como meio de comunicação consigo mesmo e com o meio envolvente. Um bom desenvolvimento do esquema corporal pressupõe uma boa evolução da motricidade, da percepção espacial e temporal, e da afetividade.
         Freitas (2008) refere-se que a representação que a criança possui do seu corpo é um elemento indispensável na formação de sua personalidade. Para a autora, estudar o corpo, o esquema corporal e imagem corporal são particularmente importantes àqueles que se dedicam ao estudo da cognição humana, do ensino e da aprendizagem. A avaliação das capacidades desenvolvidas é essencial para diagnosticar problemas motores e suas consequências, fornecendo dados que viabilizam sugestões de intervenções que favorecem o desenvolvimento global da criança em todos os aspectos.
As fotos a seguir mostram as crianças realizando o contorno de outra criança, como também um conjunto de 11 peças, sendo 6 quebra-cabeças medindo 18,5 x 18,5 cm, com as imagens das mãos, pés, e cabeça; 4 quebra-cabeças medindo 18,5 x 28,5 cm, com imagens do corpo humano e 1 boneco articulado de 60 cm de altura, todos em MDF em estojo de madeira com 11 peças.


















O jogo estimula a compreensão do corpo e a distinção entre as partes do corpo. As placas se dividem em: figuras de um menino de frente, menino de costas, menina de frente, menina de costas, rosto do menino, rosto da menina, mão direita, mão esquerda, pé direito, pé esquerdo.
Através deste jogo estimulamos a criança a descobrir o seu próprio corpo, as partes que dividem o mesmo, (cabeça, tronco, membros inferiores e superiores); nomear cada parte e identificar as suas funções; desenvolver a orientação espaço-temporal; perceber lateralidade, (direita e esquerda, frente e costas); reconhecer gêneros: masculino e feminino; perceber sequencia-lógica; desenvolver coordenação motora fina e ampliar a oralidade.

INTERVENÇÕES FEITAS PELO PROFESSOR DO AEE:
Apresentar o material sobre o esquema corporal; solicitar à criança que exponha os conhecimentos prévios sobre o esquema corporal; fazer contorno do corpo do colega; recortar o contorno do seu corpo; comparar as peças do jogo com as partes do seu corpo; reconhecer as partes do corpo humano; identificar a lateralidade em seu corpo; reconhecer os gêneros; montar o quebra-cabeça percebendo a sequência lógica no encaixe; relatar os conhecimentos adquiridos, entre outros aspectos.
  De acordo com Piaget (1975), através da brincadeira, a criança se apropria de conhecimentos que possibilitarão sua ação sobre o meio em que se encontra.
De acordo com Antunes (1998) os jogos pedagógicos indicam um poderoso meio nas atividades escolares e também em situações pedagógicas, os jogos são também de grande importância, visto que, permitem investigar, diagnosticar e ajudam nas dificuldades, sejam elas de ordem sócio afetiva, cognitiva ou psicomotora.
Na área cognitiva, os jogos:
  • Desenvolvem a capacidade de observação do meio à sua volta, através de comparações de semelhanças e diferenças;
  • Permitem a elaboração de certas estruturas: classificação, ordenação, estruturação do tempo e espaço, primeiros elementos de lógica, através de resolução de problemas simples;
  • Facilitam a comunicação e expressão.
Na área motora, os jogos:
  • Permitem às crianças ocasiões para criarem e construírem seus próprios brinquedos aperfeiçoando as suas habilidades;
  • Permitem que as crianças possam avaliar suas competências motoras sendo motivadas a se ultrapassarem pelo auto desafio.
Na área sócio afetiva, os jogos:
  • Permitem às crianças se livrem do seu egocentrismo;
  • Permitem às crianças a viverem situações de colaboração, competição e também de oposição;
  • Permitem às crianças a conhecerem regras respeitando o parceiro, aumentando seus contatos sociais.
De acordo com Fialho (2007) os jogos devem ser utilizados como ferramentas de apoio ao ensino e que este tipo de prática pedagógica conduz o estudante à exploração de sua criatividade, dando condições de uma melhora de conduta no processo de ensino e aprendizagem além de uma melhoria de sua autoestima. Dessa forma, podemos concluir que o indivíduo criativo constitui um elemento importante para a construção de uma sociedade melhor, pois se torna capaz de fazer descobertas, inventar e, consequentemente, provocar mudanças.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. 12ª ed. Petrópolis. RJ: Vozes. 1998.

FIALHO, Neusa Nogueira. Jogos no Ensino de Química e Biologia. Curitiba: IBPEX, 2007.

FREITAS, N. K. Esquema corporal, imagem visual e representação do próprio corpo: questões teórico-conceituais. Ciência e Cognição. 2008.

VIDON Ernani. Laboratório de Educação Especial. UNESP – Marília, SP.





















terça-feira, 15 de outubro de 2013

15 DE OUTUBRO DIA DO PROFESSOR(A)



FELIZ DIA DOS PROFESSORES








UMA HOMENAGEM A TODOS E TODAS QUE CONTRIBUEM COM SEU TRABALHO NA CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO MELHOR!

domingo, 6 de outubro de 2013

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO / AEE


CASOS DE SUPERAÇÃO QUE EMOCIONAM



Veja a seguir alguns casos de superação que emocionam e surpreendem!!

Cláudio Vieira de Oliveira, 37, nasceu com um grave problema genético que o deixou com o pescoço envergado para trás. Apesar disso, ele, que enxerga as coisas normalmente, aprendeu a ler e a escrever usando lápis com a boca, formou-se em contabilidade e trabalha como diretor fiscal no Sindicato dos Contabilistas da Bahia, além de ministrar palestras motivacionais.






A britânica Chloe Holmes tem 15 anos e um problema de gente grande. Após contrair uma infecção sanguínea causada por bactérias, ela perdeu todos os dedos da mão esquerda e alguns da mão direita. Com a ajuda da tecnologia, ela conseguiu um feito histórico e está participando da criação de uma prótese especial. Com o objeto, ela consegue por meio de impulsos elétricos comandar um braço mecânico.



O australiano Nicholas Vujicic fez de sua deficiência um motivo de orgulho. Nascido sem braços e pernas, ele ficou famoso no mundo inteiro pelas inúmeras palestras motivacionais que comovem estudantes e pessoas. Depois de uma infância e juventude difícil e privada de muitas brincadeiras, ele fundou, aos 17 anos, a ONG "Vida Sem Membros", que ajuda pessoas com necessidades especiais. Em suas palestras, ele fala sobre deficiência, esperança, perseverança e o sentido da vida. 



A geógrafa Karolina Cordeiro conseguiu superar uma história de dificuldade junto com seu filho, Pedro, que nasceu com uma síndrome rara que afeta o sistema motor. A mãe decidiu parar de trabalhar para cuidar do filho, e foi além, colocou Pedro em um carrinho e passou a disputar corridas com ele. Em 2012, os dois realizaram, pela primeira vez uma prova oficial de corrida, em Uberlândia (MG).



          Aos 15 anos, em 1997, o britânico Matthew Newburry sofreu um acidente de moto que amputou sua perna esquerda. Sem desistir de sua nova condição, Matthew adquiriu uma perna mecânica e, quinze anos depois, conseguiu novamente realizar coisas simples, como subir escadas, e, feitos mais complexos, como andar de bicicleta!


O polêmico atleta sul-africano Oscar Pistorius nasceu com uma doença conhecida como hemimelia  fibular, que causou a remoção de suas duas pernas, na região abaixo do joelho. O fato nunca impediu o atleta de realizar esportes e atividades físicas com regularidade. Ele se destacou no atletismo, ganhou diversas medalhas em paraolimpíadas e quebrou recordes paraolímpicos. Seu maior destaque foi nas Olimpíadas de Londres, em 2012, quando concorreu contra atletas sem necessidades especiais, fato inédito na história dos Jogos Olímpicos.


A bela modelo da foto acima é surda. Thaisy Payo ignorou sua deficiência e investiu em uma bem sucedida carreira de modelo. Ela já foi eleita rainha de beleza de diversos concursos do interior brasileiro e se destacou com o título de Miss Surda Brasil 2013. Com o prêmio, ela vai disputar o título de Miss Mundo Surda na República Tcheca. Além de sua beleza, Thaisy é formada em Letras e Farmácia Generalista por universidades federais do Sul do país.



Em 2002, o modelo Fernando Fernandes participou do "Big Brother Brasil", mas ficou sem o prêmio principal. A fama do reality o fez investir na carreira de ator, mas um acidente de carro, em 2009, o deixou paraplégico e pôs fim ao seu sonho. Fernando não se abateu e mudou de sonho: passou a treinar canoagem. Ele vem  conquistando títulos de campeão mundial e bicampeão sul-americano do esporte.



          O físico britânico Stephen Hawking é um dos mais prestigiados matemáticos do mundo apesar de sofrer com uma grave doença conhecida como esclerose amiotrófica, que causa a morte dos neurônios responsáveis pelas atividades motoras. Excelente palestrante, Hawking usa um sistema de tecnologia avançado para se comunicar e locomover.



          O iraquiano Emmanuel Kelly se apresentou no reality show musical "The X-Factor Austrália" e encantou a todos com sua voz. Ele comoveu o público ao revelar que não sabia sua idade por não possuir uma certidão de nascimento. Emannuel nasceu em uma zona de guerra, perdeu os dois braços e teve partes das duas pernas amputada; além disso, foi abandonado em um orfanato, onde foi adotado pela australiana Moira Kelly, que lhe deu uma nova condição de vida. Emmanuel não venceu o programa, mas seu vídeo fez sucesso na internet e foi visualizado por milhões de pessoas no mundo inteiro.





Pesquisa realizada na página do Facebook: AMOR SUPERA DEFICIÊNCIAS acesso em 06/10/2013.

sábado, 7 de setembro de 2013

Tecnologia Assistiva

A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar
Recursos Pedagógicos Acessíveis e Comunicação Aumentativa e Alternativa

A escola inclusiva busca construir coletivamente uma pedagogia que parte das diferenças dos seus alunos como impulsionadoras de novas formas de organizar o ensino. Atendendo a essas diferenças, os recursos pedagógicos e de acessibilidade colaboram para que pessoas com deficiência participem ativamente do processo escolar. Os recursos podem ser considerados ajudas, apoio e também meios utilizados para alcançar um determinado objetivo; são ações, práticas educacionais ou material didático, projetados para propiciar a participação autônoma do aluno com deficiência no seu percurso escolar. Quando nos referimos aos recursos de acessibilidade na escola, estamos falando em Tecnologia Assistiva (TA) aplicada à educação, sob a forma de Atendimento Educacional Especializado (AEE). A Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento e de atuação que desenvolve serviços, recursos e estratégias que auxiliam na resolução de dificuldades funcionais das pessoas com deficiência na realização de suas tarefas. A atual Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva propõe uma nova abordagem teórico prática do ensino especial. Para exercer suas funções de acordo com os preceitos dessa nova orientação, o professor de educação especial volta-se para o conhecimento do aluno. Para isso, ele precisa desenvolver a habilidade de observar e de identificar as possíveis barreiras que limitam ou impedem o aluno de participar ativamente do processo escolar.
O QUE É COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA E ALTERNATIVA (CAA) E A QUEM SE APLICA?
Muitos alunos podem apresentar dificuldades na fala ou na escrita devido a impedimentos motores, cognitivos, emocionais ou de outra ordem. Essas restrições funcionais impedem os alunos com deficiência de expressar seus conhecimentos, suas necessidades, seus sentimentos, e é bastante frequente que as famílias e as pessoas em geral confundam tais restrições com a impossibilidade de conhecer, de aprender, de gerenciar a vida, de ser sujeito da própria história.
De acordo com TETZCHNER e MARTINSEN, 1992, p. 23,  a CAA destina-se a sujeitos de todas as idades que não possuem fala ou escrita funcional devido a disfunções variadas como, por exemplo: paralisia cerebral, deficiência intelectual, surdocegueira, autismo, acidente vascular cerebral, traumatismo cranioencefálico, traumatismo radiomedular, doenças neuromotoras (como, por exemplo, a  esclerose lateral amiotrófica), apraxia oral e outros que estão limitados na interação com seus pares tornam-se passivos e dependentes da atenção de adultos. Os alunos com impedimentos na comunicação nem sempre participam dos desafios educacionais, porque os professores desconhecem estratégias e alternativas de comunicação. Para garantir a esses alunos meios de expressarem suas habilidades, dúvidas e necessidades, faz-se necessário descobrir meios de compreender de que forma eles estão processando e construindo conhecimentos.  A Tecnologia Assistiva (TA), trata da resolução de dificuldades funcionais de pessoas com deficiência, esta visa solucionar problemas de mobilidade, autocuidado, adequação postural, acesso ao conhecimento, produção de escrita entre outros. A área da TA que se destina especificamente à ampliação de habilidades de comunicação é denominada de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA), esta é destinada a pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou escrever. (BERSCH & SCHIRMER, 2005).
A seguir, apresentaremos alguns recursos de Tecnologia Assistiva utilizados na CAA que contribuem na ampliação da comunicação e acesso ao conhecimento. A presente pesquisa foi encontrada na coleção: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar; Fascículo VI - Recursos Pedagógicos Acessíveis e Comunicação Aumentativa e Alternativa.

RECURSOS DE ALTA TECNOLOGIA UTILIZADOS NA CAA
    
                        Foto de Órtese Moldável adaptada ao teclado convencional




           A escrita pode ser feita pelo computador através do apoio de órteses nas mãos ou utilização de teclados especiais. Existem teclados expandidos, reduzidos, programáveis de acordo com a sensibilidade e conteúdos das teclas.
No teclado convencional a órtese é moldável; o aluno digita em teclado convencional utilizando-a. Esta órtese é moldável, ajustada e fixada à sua mão. Na ponta da órtese, local que toca as teclas, existe uma ventosa de borracha que possibilita a aderência do recurso à tecla. 
De acordo com BERSSCH e SCHIRMER, 2005, P. 89; com os recursos de Tecnologia Assistiva, o aluno com deficiência, passa de uma situação de passividade para outra, a de ator ou de sujeito do seu processo de desenvolvimento.

                         Foto de Colmeia de acrílico transparente



Na foto acima, podemos ver o teclado coberto por uma colmeia de acrílico transparente. A colmeia é uma placa com furação coincidente às teclas e utilizada por alunos com problemas de coordenação motora. Esse recurso tem o objetivo de eliminar ou diminuir os erros de digitação.

Foto de diferentes modelos de mouses: em formato de esfera, tipo joystick, membrana sensível ao toque.



Quando o aluno apresenta alterações motoras que dificultam a utilização do mouse convencional, podemos optar por modelos alternativos como joystick, mouse de membrana ou de esfera. Existem também dispositivos apontadores que direcionam o cursor do mouse seguindo o movimento da cabeça ou dos olhos; nesse caso, a seleção da área desejada e o clique acontecem pela manutenção do cursor em um ponto fixo do monitor, durante um tempo pré-determinado.

                  Foto de sete mouses especiais em diferentes formatos



Sete mouses de diferentes formatos, onde o direcionamento do cursor é feito com joystick ou manuseando-se uma grande bola colocada sobre o mouse. Os botões de ativação do clique e da tela direita são dispostos no próprio mouse.
         De acordo com SCHIRMER, 2004, p. 22; o objetivo da tecnologia assistiva utilizados na comunicação aumentativa alternativa torna o sujeito com dificuldades motoras e de comunicação o mais independente e competente possível em suas situações comunicativas, podendo assim ampliar suas oportunidades de interação com os outros, na escola e na comunidade em geral.
         São os serviços das Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), que preparam os materiais específicos; ensinam os alunos a utilizarem recursos de tecnologia assistiva como os materiais escolares e pedagógicos adaptados, comunicação alternativa, recursos de acessibilidade ao computador entre outros que são utilizados nas classes comuns do ensino regular.
         Os recursos e os serviços apropriados aos alunos com deficiência estão garantidos por lei e devem ser exigidos ao poder público.

REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Sartoretto, Mara Lúcia.    A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: recursos pedagógicos acessíveis e comunicação aumentativa e alternativa / Mara Lúcia Sartoretto, Rita de Cássia Reckziegel Bersch. - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza]: Universidade Federal do Ceará, 2010. V. 6. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar).