sexta-feira, 6 de junho de 2014

RECURSO DE BAIXA TECNOLOGIA E ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO - ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO LINGUÍSTCO


Profissionais: Professor do AEE, Professor da Sala Regular, Pedagogos, Psicopedagogos, Psicólogos, Fonoaudiólogos, entre outros.

Estudantes: Público alvo do AEE em processo de alfabetização.
Em especial: Transtorno do Espectro Autista, Deficiência Intelectual e Paralisia Cerebral.

A atividade deve ser realizada de  acordo com o estágio do desenvolvimento linguístico, fundamentado na  Psicogênese da Língua Escrita, em atividades coletivas, com interação do profissional que o atende, como também  com a participação dos colegas da turma, em pequenos grupos ou em dupla.


Esta atividade proporciona aos estudantes com dificuldade de comunicação e interação social, a participação em CONDIÇÕES DE IGUALDADE!



1ª ATIVIDADE:

PRANCHA DE LETRAS
São indicadas para o estudante que escolhe, letra a letra, enquanto um colega, ou professor realiza o registro da escrita. Quando o estudante não consegue apontar a letra, alguém faz por ele o apontamento (varredura de letras). Para escolher a letra, o estudante emite um som ou qualquer outro sinal que possa ser compreendido como a seleção da letra a ser escrita.

A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
W
X
Y
Z
´
^
~
-

ILUSTRAÇÃO: Soletração por apontamento de prancha de letras. Na imagem, visualiza-se uma folha de fundo branco com letras azuis e grandes (PRANCHA DE LETRAS) O recurso é utilizado para que o estudante possa escrever e comunicar o que deseja através do apontamento das letras na prancha.
FORMAÇÃO DE PALAVRAS:
PATÊ – MAMÃO – PÃO - CAFÉ – LEITE – SUCO – BISCOITO – SUCRILHOS


2ª ATIVIDADE
LETRAS MÓVEIS
Alfabetos móveis de vários tamanhos e materiais que possam se fixar por imã ou velcro são úteis na produção das primeiras palavras escritas.
Alfabeto móvel de letras. A fotografia mostra um alfabeto móvel em cubos de madeira formando a palavra BOLA. As letras móveis são fixadas sobre uma tira de velcro, que está colocada sobre uma cartolina preta. O velcro facilita a aderência e a fixação de cada letra durante a formação da palavra.
Números móveis. Números emborrachados em material EVA, são fixados sobre uma tira de velcro, colocada em cartolina preta. Na foto, vê-se a representação da operação numérica 1+ 2=3.

LETRAS MÓVEIS







POTE DE LETRAS





  • PALAVRAS RELACIONADAS ÀS GRAVURAS
  • FORMAÇÃO DE PALAVRAS A PARTIR DAS SÍLABAS






De acordo com a Psicogênese da Língua Escrita, o desenvolvimento da escrita da criança divide-se em: PRÉ-SILÁBICO, SILÁBICO  SVS  (SEM VALOR SONORO), SILÁBICO  CVS  (COM VALOR SONORO), SILÁBICO-ALFABÉTICO e ALFABÉTICO.









É importante o profissional analisar a escrita do estudante com respeito. Todas as formas de representação da escrita apontam as hipóteses construídas.
Observar atentamente qual a hipótese que a criança  construiu com base nos pressupostos da psicogênese da língua escrita.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
    SARTORETO, Mara Lucia. A Educação na Perspectiva da Inclusão Escolar: recursos pedagógicos acessíveis e comunicação aumentativa alternativa- Brasília:Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; Fortaleza/UFC, 2010.

FERREIRO, Emília. Reflexões Sobre Alfabetização - 25ª Ed. Nova ortografia. Editora CORTEZ.


FERREIRO Emília. Com Todas as Letras - 16ª Ed. Nova ortografia . Editora CORTEZ



4 comentários:

  1. Excelente trabalho, adorei as dicas de alfbetização dá para variar bastante a abordagem com o aluno. Fechou em grandeestilo com a teoria d aquisição da escrita de Emília Ferreiro. Para quem tinha alguma dúvida, foi esclarecedor. Parabéns!

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    1. Querida Cileia, o estudo de caso abordado no seu trabalho em Atendimento Educacional Especializado/AEE, fez-me refletir sobre a compreensão e análise da base alfabética da pessoa autista. Espero que o meu trabalho venha contribuir no trabalho com a pessoa com limitação na comunicação. Obrigada. Um abraço.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Olá.

    Achei interessante o trabalho apresentado, mas acredito que deva ser feita uma correção quanto às informações da imagem da aluna Verônica (cachorro).

    Por aquela escrita, identificamos a hipótese SILÁBICA, e não pré-silábica, como o texto propõe, uma vez que a criança, embora tenha feito o desenho, identificou corretamente a sílaba simples da palavra (CA) e identificou as complexas com uma letra de som correspondente (CHOR = X , e RO = R). A questão de uma escrita reduzida, neste caso, não representou o tamanho do cachorro (realismo nominal), mas representou a redução da escrita por causa da representação de sílabas com uma letra equivalente (hipótese silábica com valor sonoro). E o desenho, a meu ver, foi um agregado à escrita, e não uma representação dela.

    Fica a dica.

    Abraço.

    Elaine Cândida
    Pedagoga
    Orientadora Educacional
    Orientadora PNAIC

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